A educação financeira ainda é um dos maiores desafios enfrentados pela população brasileira, em que os níveis elevados de endividamento e inadimplência refletem a enorme dificuldade que muitos têm de organizar as suas finanças.
Sendo assim, quanto mais instruídos e conscientes forem os cidadãos em relação às suas despesas e gastos, maiores serão as chances de eles desfrutarem de uma vida financeira mais organizada e equilibrada.
Nesse sentido, é fundamental que o conhecimento sobre o valor do dinheiro e a importância das finanças para o crescimento pessoal e profissional sejam transmitidos desde cedo para as gerações mais novas.
Crianças ensinadas desde os seus primeiros anos de vida a lidar com o uso do dinheiro, por meio das noções mais básicas de controle financeiro, estão mais propensas a se tornarem adultos mais responsáveis, conscientes e com melhores perspectivas de sucesso nessa área da vida.
Entenda como é possível estabelecer os primeiros contatos da criança com o assunto das finanças, respeitando o estágio de desenvolvimento e maturidade de cada uma.
Evitar falar de dinheiro com os filhos pequenos é um dos maiores erros
Para saber como abordar o tema da educação financeira com os seus filhos é muito importante começar sabendo o que não deve ser feito.
Ao se evitar falar de dinheiro com as crianças menores, acreditando que isso é uma maneira de protegê-las de assuntos mais complexos e “adultos”, pode-se estar prejudicando um amadurecimento natural delas em relação às finanças.
E ao não terem contato nenhum com as mínimas noções de gerenciamento de dinheiro, é normal que essas crianças apresentem grandes dificuldades de lidar com ele.
Tratar de dinheiro com os pequenos ainda é visto como um assunto tabu, distante e que não deve fazer parte da realidade deles. Pelo contrário, inserir a temática nas conversas com o seu filho só tende a trazer pontos positivos, permitindo que ele crie uma relação saudável com o dinheiro.
O ideal é que as crianças participem dos debates sobre questões financeiras, tanto no ambiente familiar quanto no ambiente escolar, de maneira natural, explicativa e a mais didática possível.
As eventuais dificuldades financeiras enfrentadas pela família devem ser apresentadas à criança de forma clara e direta, justificando, por exemplo, os motivos que levam a não comprar um produto ou a não realizar um passeio desejado pelo pequeno.
São nesses pequenos e simbólicos gestos que a criança já assimila os primeiros conceitos básicos de responsabilidade financeira.
Pilares da educação financeira infantil
A educação financeira infantil é sustentada por alguns pilares que orientam o comportamento e as atitudes tomadas em relação ao dinheiro.
A esse respeito, o primeiro ensinamento que deve ser repassado ao seu filho tem relação com o valor que ele deve dar ao dinheiro.
É interessante que à medida que comece a aprender os números, a criança seja estimulada a ter contato com notas e moedas, possibilitando uma associação gradual entre a soma monetária e as compras da família.
Nessa mesma perspectiva, a criança precisa entender que cada presente ganho dos pais têm um custo e um peso no bolso deles.
Também é indispensável que a criança seja capaz de entender, mesmo que superficialmente, o que está por trás de relações como esforço e recompensa, necessidade e desejo, assim como aprender noções elementares de poupança, orçamento e investimentos.
Tudo isso vai ajudar na formação de indivíduos mais seguros, preparados, responsáveis e menos amedrontados em relação ao uso do dinheiro, na medida em que foram educados desde cedo a lidar de uma forma mais inteligente com ele.
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