Distúrbio de Déficit de Atenção (também chamado Transtorno, Desordem ou Síndrome) pode ou não ser acompanhado de Hiperatividade (D.D.A.H). Esse distúrbio não deve ser considerado uma doença ou desordem.
Na verdade, é uma forma diferente de pensar; em alguns casos, pode vir a apresentar dificuldades de relacionamento. Crianças e adolescentes são inquietos, agitados, distraídos, desatentos, impulsivos, e muitas vezes, não terminam os projetos em que se engajam.
Mas qual seria um dos sinais de alerta… Desatenção. Pessoas que convivem com elas, chegam a pensar que existe déficit auditivo, porque parecem não ouvir o que é dito. Na verdade, crianças e adolescentes ouvem perfeitamente, mas seus cérebros trabalham numa velocidade maior que a maioria das pessoas.
Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, para observar melhor o comportamento da criança a partir de sete anos de idade os outros critérios seriam: impulsividade, hiperatividade e tipos de TDA (Transtorno do Déficit de Atenção).
A desatenção pode ser reconhecida nesses sintomas (mas não são exclusivos da mesma):
- Falhar em dar atenção a detalhes;
- Dificuldade em manter atenção em tarefas ou atividades lúdicas;
- Parecer não escutar quando lhe falam diretamente;
- Não conseguir seguir à risca instruções, nem terminar tarefas escolares ou atividades domésticas;
- Evitar ou ficar relutante ao se engajar em atividades que necessitam de esforço mental contínuo;
- Perder coisas necessárias para atividades ou trabalhos; estar facilmente distraído por estímulos externos.
É importante ressaltar problemas que podem ser confundidos com hiperatividade:
- Depressão infantil;
- Dislexia;
- Discalculia;
- Transtornos de aprendizagem;
- Ansiedade;
- Hipertireoidismo;
- Deficiência auditiva;
- Epilepsia;
- Inquietação típica da idade;
- Problemas psicológicos e de relacionamento.
Para se lidar com crianças com hiperatividade é importante dar e manter limites; repetir a instrução várias vezes; elogiar quando a criança fizer o certo.
Na sala de aula, a criança deverá sentar-se longe da janela e da porta, de preferência nas primeiras filas; usá-la como ajudante da professora; evitar esportes que demandem muita coordenação motora.
Professores e orientadores deverão se certificar de que a visão e audição da criança tenham sido testadas
Crianças com TDA e com TDAH necessitam de estruturação: faça listas ou tabela para que ela consulte quando se perder no que estiver fazendo, pois ela necessita de algo para fazê-la lembrar-se das coisas, previsões, repetições, diretrizes, limites e organização.
Pais e professores ao estabelecer regras devem sempre tê-las por escrito e de fácil acesso: as crianças se sentirão mais seguras sabendo o que é esperado delas. Repetir a regra também é importante, pois crianças com TDA ou TDAH necessitam ouvir as instruções mais de uma vez.
Olhar sempre nos olhos é certamente importante, pois um olhar pode “trazer de volta” uma criança com T.D.A. E tente sempre prever o máximo que puder, colocando-as nas regras e nos planos de ação.
Outras dicas também importantes são a de tentar auxiliar a criança a fazer a própria programação para depois da aula: ajude-a a evitar a procrastinação (adiamento); propicie uma “válvula de escape” como sair da sala por alguns momentos; crianças com DA ou TDAH se beneficiam com o frequente retorno do seu trabalho; dívida as grandes tarefas em tarefas menores, para que nunca venham a dizer: “Eu nunca vou conseguir fazer tudo isso! ”.
Foi comprovado que com terapias e medicações o portador de DDA e TDAH consegue superar suas dificuldades e adequar-se socialmente.
Os profissionais indicados para o diagnóstico diferencial e a medicação (nos casos em que se fizer necessário) são os neuropediatras, neurologistas e psiquiatras.
Grande parte das crianças e adolescentes necessita de apoio psicológico, pois é essencial prestar atenção às emoções envolvidas na aprendizagem. Já o psicopedagogo será o terapeuta que a auxiliará na organização e nas dificuldades ligadas ao aprendizado.
Com essa equipe multidisciplinar, orientação familiar e escolar, crianças com TDA ou TDAH conseguirão atingir os objetivos propostos.
Nesse sentido, os artigos abaixo irão te ajudar
– Saiba como identificar dificuldade na aprendizagem
– A importância do autoconhecimento para os alunos
– Ensino socioemocional: como lidar com as próprias emoções?
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