Se você passou os últimos dias nas redes sociais, provavelmente esbarrou em algum post, vídeo ou meme sobre o morango do amor. O doce, tradicional das festas juninas, ressurgiu em uma versão moderna e conquistou o coração – e o paladar – de milhares de brasileiros, virando fenômeno de vendas, inspiração para novos negócios e assunto do momento na internet.
Tudo começou com confeiteiras que apostaram na apresentação do morango coberto com chocolate e confeitos em versões criativas e super instagramáveis. A estética fofa e o sabor marcante se uniram ao poder da viralização, impulsionando o doce para muito além das feiras e quermesses.
De docinho a negócio lucrativo
Em várias cidades do Brasil, o morango do amor virou uma verdadeira oportunidade de geração de renda. Em São Paulo, uma feira vendeu mais de 50 mil unidades em dois dias. No Maranhão, empreendedoras locais faturaram até R$ 3 mil em menos de 24 horas. No Rio de Janeiro, a alta demanda já causou impacto direto nos preços da fruta nas centrais de abastecimento. A bandeja de morangos chegou a dobrar de preço na Ceasa.
E o que isso tem a ver com educação financeira?
Tudo! A febre do morango do amor mostra, na prática, como criatividade, oportunidade e planejamento podem se transformar em renda. Por trás de um doce viral, há estratégias de precificação, controle de custos, noções de investimento, marketing e reinvestimento do lucro. E é aí que entra a educação financeira.
Entender o valor do dinheiro, saber investir com consciência e aproveitar momentos de alta demanda são habilidades que podem, e devem, ser ensinadas desde cedo. Mas, além disso, é preciso entender que toda tendência tem prazo de validade.
O que está bombando hoje, amanhã pode perder força. Por isso, é fundamental que quem está aproveitando esse momento também tenha os pés no chão e um bom planejamento: separar parte do lucro, evitar dívidas por impulso, pensar em formas de diversificar o negócio e se preparar para quando o “hype” passar. Essa é uma das principais lições da educação financeira: não viver só do agora, mas pensar no amanhã com responsabilidade.
Morango do amor, do “ódio” e até do “aumor”
A criatividade não parou no sabor: versões temáticas do doce ganharam nomes como “morango do ódio”, “morango do crush” e até “morango do aumor”, para pets. O sucesso se espalhou tanto que até o ChatGPT entrou na história, sendo citado por uma confeiteira de Santos como responsável por reconhecer seu pioneirismo na criação do doce viral. Hoje, ela largou a multinacional onde trabalhava e triplicou sua renda com o novo negócio.
Um doce que ensina mais do que parece
O morango do amor virou mais que uma sobremesa. Virou símbolo de criatividade, empreendedorismo e, principalmente, da importância de falar sobre dinheiro com consciência, planejamento e leveza.
Se a gente consegue mostrar para as crianças e jovens que um simples doce pode ser uma oportunidade de aprendizado, crescimento e responsabilidade, estamos plantando sementes de um futuro mais equilibrado, sustentável, e doce também.