Parece que entra ano, sai ano, e sempre nos falta dinheiro. Essa sensação de descontrole financeiro é comum no Brasil, país marcado por períodos históricos de grande inflação. A falta de consciência em relação ao dinheiro, no entanto, também é resultado da ausência de educação financeira.
Quem acompanhou os anos de 1980 e 1990, por exemplo, sentiu na pele o aumento constante de preços. Nesse cenário, era preferível gastar o dinheiro depressa com um produto, antes que a moeda se desvalorizasse ainda mais.
Esse comportamento amedrontado, contudo, foi transmitido de geração para geração. Hoje, jovens e pessoas mais velhas sofrem com a falta de consciência sobre o dinheiro.
Quais são os fatores que trazem descontrole financeiro?
Não ter noção do orçamento familiar
É preciso ter noção de qual é a renda da família e de quais são os gastos constantes. Para auxiliar nessa tarefa, é possível recorrer ao bom e velho caderno de anotações, às anotações feitas no computador ou, se preferir, a um aplicativo para celular.
Anote a renda líquida da família. Além do salário, inclua recursos extras, como os provenientes de casa de aluguel ou de serviços extras, como uma aula particular, um trabalho freelancer.
Na sequência, passe a anotar todas as despesas, tais como: aluguel, prestação de consórcio, mensalidade escolar, água, luz, telefone, transporte, comida e gastos médicos.
Visualizar quais são as despesas mensais permite entender quais áreas demandam mais a renda familiar.
Subestimar o cartão de crédito
Ter crédito na praça para comprar um imóvel, móveis, roupas ou qualquer outra coisa traz a sensação de que temos poder aquisitivo. Quando chega o final do mês, no entanto, o valor total aparece.
Nessa hora, é comum que muitas pessoas recorram ao parcelamento da dívida e paguem somente o mínimo da fatura. Além dos juros altos, tal comportamento faz com que a conta vire uma verdadeira bola de neve, incapaz de ser quitada.
A dica é utilizar o cartão de crédito para compras que estão sendo planejadas e para as quais há certeza de recurso no futuro. Lembre-se, também, de que o limite do seu cartão não representa sua renda.
Ter um padrão de vida acima do suportado pela renda
A falta de consciência sobre o quanto ganha também é resultado, muitas vezes, de um padrão de vida acima do que a renda suporta.
Almoços em restaurantes caros, o uso do carro quando o trajeto poderia ser feito a pé, compras mensais de roupas, idas frequentes aos salões de beleza e compras de vinhos caros são exemplos de gastos supérfluos que podem ser deixados para o futuro.
Isso não significa que você deva abandonar as horas de lazer e entretenimento, mas que essas devem ser repensadas conforme o dinheiro disponível. O almoço de família no restaurante, por exemplo, pode ser substituído por um piquenique no parque.
Fazer compras por impulso
Gastos com aplicativos de comida e transporte parecem imperceptíveis. No entanto, fazem diferença no orçamento familiar. Fazer compras em situações em que se está vulnerável, como em momento de raiva, tristeza, tédio ou fome, pode não ser uma boa ideia. A chance de cair em compras desnecessárias é grande, já que a cabeça não está agindo pela lógica.
Não pesquisar antes de comprar
As ofertas que estão no supermercado do seu bairro nem sempre são reais. A dica é sempre verificar o preço por kg.
Se estiver planejando adquirir um eletrodoméstico, também é essencial verificar os preços online e calcular o valor do frete. Em alguns casos, você verá que sai muito mais barato comprar pela Internet.
Aliás, já existem aplicativos que comparam preços, tanto de produtos disponíveis online quanto de estabelecimentos físicos.
Consciência financeira também perpassa por mudança de hábitos
Alguns hábitos podem ser difíceis de serem alterados. Pequenas mudanças no cotidiano, porém, podem ser importantes para a conquista de um sonho maior.
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