Atuar como educador é uma das profissões mais honrosas e desafiadores que existem. Contudo, trata-se de uma carreira que também é extremamente desgastante, afetando expressivamente a saúde mental dos profissionais.
De acordo com o Departamento de Perícia Médica do Estado de São Paulo, desde 2018 houve um aumento extremamente significativo nos problemas de saúde mental dos educadores. Ocasionando em mais de 40% dos profissionais afastados desde então.
São muitos os fatores que levam ao afastamento de um educador. Para ajudar a Gestão Escolar à identifica-los, separamos os principais pontos prejudiciais ao bem-estar dos professores.
Sobrecarga no trabalho
Muitos educadores lidam com uma longa carga horária e demandas extremamente significativas de planejamento e correção.
Problemas para lidar com pessoas
Conseguir lidar com alunos problemáticos e pais insatisfeitos é um grande desafio. Contudo, conversar é sempre a melhor escolha. Realize reuniões frequentes com os responsáveis para resolverem possíveis conflitos.
Determinações conflitantes
Existem situações em que educadores recebem orientações contraditórias ou confusas, gerando um estresse. Por isso, é imprescindível estabelecer um diálogo aberto para sugestões de mudanças e adaptações.
Impotência em decisões
A falta de autonomia para decisões relacionadas ao ensino pode ser desgastante para alguns educadores, mas é importante que atuem além das salas de aula, colaborando com as tomadas de decisões que abrangem todo o ambiente escolar.
Cobranças contínuas por resultados
Existe também a pressão frequente para a melhoria do desempenho dos alunos, onde muitas vezes torna-se opressiva. Por isso, é fundamental manter as expectativas alinhadas entre gestão escolar, comunidade escolar e educadores.
Infraestrutura a desejar
É importante lembrar que a precariedade dos ambientes da escola também afeta negativamente o trabalho e o estado mental dos educadores. Contudo, lembre-se de priorizar dentro da sua gestão escolar a manutenção das áreas escolares e as propostas de melhorias para à mesma.
Desvalorização
Muitos educadores sofrem por não receber o seu devido reconhecimento. Para mudar esse cenário, é responsabilidade da gestão trazer avaliações de desempenho e campanhas para a valorização do docente.
Desrespeito no trabalho
Educadores também são vítimas de violência física, verbal e emocional no trabalho. Por isso, mantenha a cultura de supervisão sobre esse quesito como método de priorização da saúde do seu educador.
Temor a demissões em volume
O medo e insegurança no emprego gera a ansiedade, para diminuir esses sentimentos, a gestão escolar pode proporcionar canais de orientações e dúvidas para ouvir os educadores. Sempre reforce a transparência na sua instituição de ensino.
Diante dos fatores informados acima, é importante que a Gestão Escolar realize ações que promovam o cuidado da saúde mental dos educadores.
Por isso, instrua os educadores da sua instituição a terem autocuidado nos seguintes pontos:
Pedir ajuda
Os educadores devem procurar apoio e ajuda de colegas, amigos, familiares e até mesmo psicólogos e terapeutas quando se trata da sua saúde mental. Sempre a priorize.
Defina limites
É importante determinar limites claros entre sua vida pessoal e profissional. Separe um tempo para relaxar, descansar e recarregar.
Pratique a resiliência
Estimular habilidades de resiliência irá ajudar a lidar com o estresse, inclua nesse repertório técnicas de meditação e coisas que você goste de fazer para relaxar.
Tenha um bom relacionamento com os alunos
Criar uma conexão positiva com os alunos irá transformar a sua experiência com o ensino, tornando-a mais satisfatória e gratificante.
Nesse sentido, leia os artigos abaixo
– 5 dicas para cuidar da sua saúde mental no final do ano letivo
– 4 dicas para finalizar o ano letivo na Gestão Escolar
– Como conciliar a gestão escolar com a gestão de pessoas
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