A inclusão e diversidade nas escolas deve ser obrigatória e respeitada, tanto pelo lado da gestão escolar quanto pelo lado da comunidade escolar.
Contudo, refletindo sobre esse tema e em específico sobre o TEA – Transtorno do Espectro Autista, existem algumas leis que asseguram os alunos à terem acesso a sua educação de qualidade. Dentre eles, a lei 17.798 que determina acompanhantes especializados.
Com isso, muitos educadores devem estar em formação continuada para também proporcionarem esse ensino qualificado e seguro para os alunos com TEA. Para os professores que estão em especialização e formação continuada, preparamos dicas exclusivas que irão ajuda-los nesse processo. Confira abaixo.
Cuidado com o exagero de incentivos
Um ambiente cheio de estímulos, como: muitos brinquedos e muitas cores pode ocasionar uma insegurança – desta forma, é necessário que o educador acompanhe o aluno, auxiliando a analisar uma informação de cada vez e garantindo tempo de qualidade para que o aluno compreenda essas informações.
Em certos casos, algumas mudanças são necessárias para um conforto maior, como: uma iluminação mais baixa e separar um local da sala para deixar cartazes e objetos da sala, deixando outro espaço livre de informações.
Entenda suas particularidades
É primordial reconhecer quais são os pontos de interesse do aluno, se aproximando com cautela e disposição para entrar no mundo dela. Alguns alunos, por exemplo, possuem o hiperfoco (por números, personagens, brinquedos), que podem ser utilizados como um ponto para aproximação.
Invista na afetividade: quando dizem que crianças com autismo não gostam de contato físico e abraços é uma invenção, eles têm mais receio e dificuldade com habilidades sociais, mas possuem sensibilidade aguçada à estímulos físicos (muitos se acalmam com abraços apertados e toque nas costas para aliviar a tensão.)
Analise os limites e possibilidades da audição
Barulhos inesperados e conversas paralelas associadas a movimentações e andança dos colegas podem dispersar e desorganizar o pensamento dos pequenos, principalmente em ambientes fechados. Contudo, procure investir em propostas realizadas em áreas abertas.
Em outro ponto de vista, a sensibilidade na audição dos alunos pode ser uma grande aliada, visto que alguns pequenos com TEA são muito musicais e demonstram interesse por instrumentos.
Dessa forma, algumas maneiras de chamar atenção dos alunos é: uso de pandeiro e chocalho nas brincadeiras e atividades, músicas infantis curtas e até mesmo uma entonação diferente no momento da leitura.
Explore recursos visuais e a fala
Mesmo que o pequeno não tenha comunicação verbal, é primordial comunicar-se com ele. Essa fala precisa ser direta, clara e sem espaço para dúvidas, utilizando gestos e expressões para tornar-se mais eficiente.
Nesse sentido, utilize também os recursos visuais, imagens, fotos e símbolos pelo ambiente escolar. Um exemplo: na sala coloque imagens que representem as principais ações diárias e deslocamento dos alunos.
Inclua o coletivo
É importante unir os pequenos para que possam compreender o que acontece com colegas com TEA, podendo sanar suas dúvidas e organizar momentos de conversa sobre as necessidades das crianças com autismo.
O intuito é que eles desenvolvam uma compreensão e respeito maior, principalmente relacionado aos comportamentos estereotipados e eventos disruptivos, nos momentos em que a educadora precisa fazer o atendimento individualizado, em um ambiente tranquilo para o pequeno se organizar.
Escolas que proporcionam um ensino inclusivo e qualificado, tornam-se referência de educação, gestão e corpo docente. Seja a escola que educa para transformar.
Nesse sentido, os artigos abaixo irão te ajudar
– 5 melhores práticas para trabalhar a inclusão em sala de aula
– O que é diversidade na escola e qual o papel do gestor?
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